OS SETE PILARES DA SABEDORIA:

Inteligência, Conhecimento, Paciência, Prudência, Justiça, Honestidade e Coragem

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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O ESTADO DO CAPITALISMO OU O CAPITALISMO DE ESTADO OU O ESTADO CAPITALISTA?

Tenho observado um tira e põe e um põe e tira, que cada vez mais reforça a ideia, que não percebo patavina do que se passa, mas como toda a gente, tem vindo a terreiro, dar a sua opinião sobre os diversos assuntos que nos surpreendem todos os dias, também eu me atrevo a opinar, embora corra os evidentes riscos de dizer algumas alarvices.

Não começando pelo princípio, mas pelos PRINCÍPIOS, que havemos de pensar de um sistema assente no deus norte-americano : o dollar! e de um povo que, para não deixar dúvidas da sua idolatria, rotula na própria nota :" Em Deus nós acreditamos" - mas para que isto aconteça têm que haver dollars:O mundo foi-se moldando ao "american way of life", copiando os seus modelos de negócios, vindo a entregar-se ao "deus-mercado" (chefe supremo da religião materialista), a quem, vá lá saber-se a razão, foi dado o poder de se auto-regular.
Confessam-se agora, batendo com a mão no peito: perdoa-me dollar porque errei!
Quando na realidade o mercado tinha outra ideia sobre o dollar: "Nas Fraudes nós Acreditamos":


E na realidade as Fraudes aconteceram e o castelo de cartas ruiu.

Todos os países que se converteram a esta religião do "deus-mercado", viram os seus governos a manipular milhares e milhares (que antes não havia para ninguém), para salvar os templos da sua religião: Os Bancos!

Ninguém ligou às sábias palavras de Thomas Jefferson, em 1802 (tirando o meu amigo José Pereira que no outro dia me alertou para elas):

Thomas Jefferson (13 de abril de 17434 de julho de 1826), 3º Presidente dos Estados Unidos da América.



*«Acredito que as instituições bancárias são mais perigosas para as nossas liberdades do que o levantamento de exércitos. Se o povo Americano alguma vez permitir que bancos privados controlem a emissão da sua moeda, primeiro pela inflação, e depois pela deflação, os bancos e as empresas que crescerão à roda dos bancos despojarão o povo de toda a propriedade até os seus filhos acordarem sem abrigo no continente que os seus pais conquistaram.»*

Seria bruxo???? - Não, uma vez que também afirmou:"Os padres de várias seitas religiosas [...] temem o avanço da ciência como as bruxas temem a chegada da luz do sol, e franzem o cenho para o arauto fatal anunciando as subdivisões dos ludíbrios que defendem."

Era certamente uma pessoa de bom-senso.

A origem da CRISE actualmente instalada, como de imediato foi explicado, tem duas origens : A Ganância e a outra : O convencimento do presidente do Reserve Bank dos USA, como ele próprio o admitiu, que o Mercado podia andar livremente e sem contolo - posição fortemente defendida pelo Neo-Liberalismo.

Asneiras, como o terrorismo internacional e internacionalista (como o dollar), as guerras "Bushianas" (pai e filho), o trambolhão das Torres, e toda a incerteza que daí nasceu, vieram acelarar todo este embróglio - considero-as as causas próximas .

E a confusão é tanta que para nosso espanto, ouvimos o Bush (filho) - referindo-se à brutalidade da asneira da intervenção no Iraque - dizer, que não estava preparado para a guerra e lamenta não ter tido a informação correcta sobre a existência das armas de destruição massiva. É possível alguém ter este descaramento???

Pelos vistos é!

Será que o dollar seguirá destino natural de todos os deuses materialistas, sem qualquer base espiritual?



Mas no que refere a descaramento, há um português que ganha a todos :

O 1º Ministro de Portugal - Sua Excia., o Sr. Engº Pinto de Sousa.

Depois de todos os analistas, juntamente com o Sua Excia o Sr. Ministro das Finanças, afirmarem que 2009 será um ano bastante mais difícil, o nosso 1º afirmou no dia 3 de Dezembro de 2008:

«As famílias portuguesas podem esperar ter um melhor rendimento disponível em 2009, que advirá da baixa da Euribor e da baixa da taxa de juro. Isso vai aliviar muito as famílias nas suas prestações para pagarem os créditos à habitação, que são hoje uma componente muito significativa das despesas familiares»,

Rendimento disponível das famílias aumentará

Mas, segundo o primeiro-ministro, as boas notícias não se ficam por aqui.«As famílias portuguesas podem esperar em 2009 ter uma inflação mais baixa e portanto ganharem poder de compra, como vão ganhar poder de compra os funcionários públicos, como não ganhavam há muitos anos», afirmou também.

Por outro lado, disse Sócrates, as famílias portuguesas «podem também esperar ver as suas despesas reduzidas com a gasolina, fruto da baixa do preço do petróleo, ajuda que se sentirá também ao nível da economia portuguesa».

É de sublinhar que os preços do petróleo voltaram esta quarta-feira a cair para novos mínimos de três anos, tendo cotado abaixo dos 45 dólares em Londres.

«Estas três componentes aumentarão o rendimento disponível das famílias para o ano de 2009.»

Fonte : IOL Portugal Diário de 5 de Dezembro de 2008.

Eu, na minha ignorância, pergunto:

- Em primeiro lugar, vão baixar 2 taxas: a de juro e a Euribor?? ( sem comentários)

- E um tal de " Sr. Spread " ? Também descerá uns degraus - leia-se percentagem?

- Como é possível alguém prometer isto, com base em 3 pressupostos (que afinal são 5 : taxa de Juro + Euribor + Petróleo + Inflação + Ignorância), que nem sequer pode controlar?

- No país do Sr Engº Pinto de Sousa, todas as famílias têm habitação própria com crédito bancário? - Todas as famílias, têm carro próprio? - Se assim é, para que existe um tal de "rendimento mínimo" comendo uma expressiva fatia dos nossos impostos?

- Já alguém viu descer o preço de qualquer bem alimentar, nomeadamente do pão, face à baixa dos preços das matérias-primas?

- Já começou a campanha eleitoral? - se for esse o caso, então está justificado, porque em campanha tudo pode ser prometido e sem qualquer responsabilidade, pois, como afirmou Charles Pasqua, velho correlegionário do General de Gaulle : « as promessas eleitorais só obrigam os que nelas acreditam»

E termino esta divagação voltando a citar Thomas Jefferson - com a veleidade de pensar o seu pensamento possa vir a chegar ao conhecimento do nosso 1º):
"Cuidar da vida humana e da felicidade, e não da sua destruição, é o primeiro e único objectivo do bom governo."(31 de março de 1809).

e, globalizando agora (bonito não é?), as minhas dúvidas, atendendo que ainda não acredito no fim do capitalismo ( se acreditasse não jogava no Euromilhões), mas face a tantos pedidos de intervenção do Estado, por parte de quem até há dias o acusava - à unhada e à dentada - por ainda ter um excessivo peso nas empresas, estamos perante qual das situações:

O estado a que chegou o Capitalismo, no Capitalismo de Estado, ou no Estado Capitalista?

Haverá quem me esclareça?

Sem comentários: