OS SETE PILARES DA SABEDORIA:

Inteligência, Conhecimento, Paciência, Prudência, Justiça, Honestidade e Coragem

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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

A PRODUTIVIDADE


Somos constantemente confrontados com esta palavra por tudo que é classe dominante ou dominadora, seja ela política, patronal ou sindical.

Todo o mundo que bota faladura, mete a palavra no seu discurso, umas vezes a torto, outras a direito.

E vão tentando passar a mensagem que isso – não para o bem, mas para o mal – tem a ver com a classe trabalhadora.

E também, o que é pior, é que para o mal, tal palavra tem conotação com os ordenados de tal classe.

Para não ser comido por ignorante consultei a Wikipédia e encontrei:
«A produtividade é basicamente definida como a relação entre a produção e os factores de produção utilizados.
A produção é definida como os bens produzidos(quantidade de produtos produzidos). Os factores de produção são definidos como sejam pessoas, máquinas, materiais e outros. Quanto maior for a relação entre a quantidade produzida por factores utilizados maior é a produtividade.
A produtividade é muitas vezes medida por trabalhador mas em muitas situações onde os custos com pessoas são uma percentagem reduzida dos custos totais têm que se ter em conta os outros factores necessários para produzir os resultados pretendidos.
O grau de produtividade de um agente económico (pessoa,
empresa, país, etc.) é, regra geral, um dos melhores indicadores para a medição do nível de eficiência e eficácia do mesmo.»

Ora cá está : “A produtividade é muitas vezes medida por trabalhador”.
E para o mal dos trabalhadores, a tal classe portuguesa dominante ou dominadora, só sabe esta frase.


Não estudou o resto: “mas em muitas situações onde os custos com pessoas são uma percentagem reduzida dos custos totais, têm que se ter em conta os outros factores necessários para produzir os resultados pretendidos.”
Talvez porque esta parte seja mais difícil de decorar.


E também têm a preocupação de nos atirar para a cara, que os trabalhadores portugueses são muito pouco produtivos.


Depois, porque não o podem negar, vêm as estatísticas informar que há um pequeno país na Europa (mais ou menos do tamanho do nosso Alentejo) - Lxemburgo - que é o campeão da produtividade, e onde o poder de compra da população é o maior da dita Europa, deixando os alemães a milhas e a roerem-se de inveja.


Então, eu trabalhador ignorante começo a deduzir que o tal grande poder de compra deve ter a ver com os ordenados que os luxemburgueses ganham, já que os bens de consumo têm, mais coisa menos coisa, o mesmo preço que em Portugal.


E começo a pensar, sim, a pensar, que é uma coisa que os trabalhadores também fazem, embora a classe dominante ou dominadora pense que não, dizia eu, começo a pensar que “algo vai mal no reino da Dinamarca” (como dizia Hamlet). Porquê?


Pelo seguinte conjunto de 3 (três) factos : - Os portugueses são considerados óptimos trabalhadores em qualquer parte do planeta (excluindo Portugal); - 30% da população do Luxemburgo é constituída por portugueses; no Luxemburgo, a produtividade dos trabalhadores portugueses é reconhecida, e contribui para o maior exemplo europeu de um país produtivo.


E por isto, vou pensando (outra vez?), se a tal questão da pouca produtividade portuguesa, não será antes culpa dos meios e da organização que as classes dominantes ou dominadoras colocam ao dispor.




Por exemplo : Uma auto-estrada é adjudicada por um valor. Antes de se iniciar, já o seu custo subiu para o triplo ou mais (quem o diz é o Tribunal de Contas, não me metam a mim na alhada), depois de iniciada, trava porque passa numa terra de minhocas e os ambientalistas não sabem como salvar as ditas, altera-se por isso o traçado, que obriga a mais duas pontes, que vai demorar mais tempo que o previsto, e criam então um prémio se a construtora conseguir acabar mais cedo.

Como é que isso fica depois de concluída, em termos de produtividade?
Péssimo, porque o ordenado dos trabalhadores é muito elevado!



MUITO SEI EU!!!

domingo, 6 de dezembro de 2009

E AS RESPOSTAS?



Por força de uma férias invernosas, que tiveram o condão de me acarinhar com o quente dos lençóis, em vez da saudável vida de passeio, pois a tão necessária como chata chuva que teima em demonstrar que quem manda é mãe Natureza (por enquanto, pois isto também está a mudar), desmotiva qualquer vontade de sair, seja qual for o motivo.

Assim, fui acompanhando via televisão, algumas cenas da vida política do país, acho que vi aquilo a que chamam o "País Político".

Conhecem certamente a teoria dos universos paralelos - no Youtube pode encontrar, magistralmente apresentado, um vídeo da BBC sobre o assunto - e Portugal à sua pobre e tosca maneira tenta fazer crer que existem, não os universos teóricos e da forma como os cientistas tentam explicar, mas sim de duas realidades paralelas, que como o próprio nome indica, por mais que se prolonguem nunca se encontram : o "País Político" e o "País Real".

O interessante é que têm muitas coisas em comum : má língua, cuscuvilhice, insultos, sujidade, becos nojentos cheios de ratazanas ( até fizeram uma desratização e obras novas na A.R.), corruptos (de palavreado) e gozo, montes de gozo, mas muito mais no "País Político" que no "País Real".

Se me fosse dado escolher, eu preferia viver no "País Político". É muito melhor, tem uma campainha para chamar a malta, tem ordenado garantido, não se ouve falar de fome, de desemprego nem de salários em atraso.

E tem uma coisa formidável : Podemos fazer perguntas ao Primeiro Ministro!

Não se espantem pelo meu espanto. É que eu nunca tinha visto de fio a pavio uma sessão da A.R., com o P.M. presente, e para o efeito.

No fim da sessão, fiquei com o sabor amargo da desilusão.

Não pelos insultos e insinuações de parte a parte, pois isso até que foi divertido, principalmente, ver que afinal o lobisomem ainda existe (aquela coisa do animal feroz e tal...).

A desilusão prende-se com o facto de vários lideres de partidos terem feito perguntas ao P.M., pedindo resposta objectiva à pergunta também ela objectiva, e em vez da resposta esperada, vinha uma reprimenda das antigas, porque ninguém tinha ligado pevide ao que o homem tinha dito na abertura do debate ( combate?).

E o P.M., transforma-se mesmo! quando a pergunta é provocatória e o homem sabe que não resposta nem razão, é ver o animal feroz que existe nele, a sair e a insultar com uma rispidez que eu nunca pensei possível num menino de oiro.

Mas voltemos ao assunto: A coisa formidável de fazer perguntas ao nosso 1º, acarreta uma tristeza muito grande - não têm resposta.

LAMENTÁVEL.

Mas é o País Político que temos, lá colocado pelo País Real. (será que este Real tem a ver realeza e por conseguinte com monarquia quando afinal estamos numa república bananística ou não, e daí toda a confusão?).

MUITO SEI EU.