A obra de Leopoldo de Almeida, plantada na frente do Palácio da Justiça no Porto, representa de forma clara e precisa a forma como se faz a justiça neste país:
- Não tem os olhos vendados;
- A balança está recolhida;
- A espada está em descanso.
Ou seja,
- Vê quem vai julgar (quando é suposto ser cega);
- Não pesa os valores feridos (nem os motivos da infracção);
- Atribui um veredicto que não não contará com o peso da sua espada.
Intriguista ou não, não deixa de ser interessante. Mesmo que não tenham sido estes os motivos que inspiraram o escultor, nada me impede de a ver desta forma.
Mas a "Mui nobre e Invicta", não se fica por aqui.
Mesmo em frente ao dito palácio, no Jardim da Cordoaria, decidiu a edilidade colocar a escultura de Juan Muñoz:
"13 a rir uns dos outros"
Que razões terão levado os responsáveis a escolher tal local? E, pergunto eu, haveria local mais apropriado?
Se nos lembrarmos que o Palácio da Justiça do Porto, foi inaugurado em 1961, e a escultura do Jardim da Cordoaria colocada em 2001, poderei deduzir que esta cidade demorou 40 anos a descobrir como funciona a justiça em Portugal.
Mas bem pior está o resto do país, que só agora se interroga, por um mal que já vem de longe.
Vale bem uma gargalhada, não é verdade?
MUITO SEI EU !!!!!
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