Entramos em 2011.

Acho que chegamos cá pela porta das traseiras. Viemos devagar, pela calada da noite, para passarmos despercebidos. Antes, compramos umas garrafas de espumante numa qualquer loja chinesa, e depois juntamo-nos numa praça, para vermos um espectáculo de fogo de artifício, que curiosamente, também por chineses foi inventado.

Juntamo-nos porque temos medo de ir para lá sozinhos.

2011 tem muitos fantasmas e demónios, que não sabemos como lidar.

Uma crise fantasmagórica que tudo vai devorar, incluindo o estado social, que embora já completamente estripado - veja-se na área da saúde onde as taxas moderadoras já se transformaram em fonte de receitas - irá desaparecer.

Os demónios "Mercados", são os mais perigosos. Tão perigosos que no final de 2010 o presidente da U.E., aconselhava os governantes de todos os países a estarem calados, pois aqueles demónios emprenham pelos ouvidos.

Ao que chegamos!

E, contrariado, tenho de dar razão a um amigo brasileiro, que comentando o estado a que chegou a Europa, nos e se interrogava: Que esperar de uma organização com um português a mandar? Só pode dar merda, né?

MUITO SEI EU!!!!